A ciência que apoia o tratamento com laser em doentes com dor orofacial e disfunção temporomandibular
A laserterapia é uma das abordagens conhecidas com suporte científico para reabilitar os doentes com dor orofacial ou disfunção temporomandibular.
Mas afinal: o que é o laser e como é que ele atua?
O laser é um dispositivo que produz um feixe de luz denominado “raio laser” através de substâncias como o diodo, por exemplo. Dependendo dos parâmetros (dosimetria, potência), pode ser adequado para diferentes casos.
O laser cirúrgico ou de alta potência destaca-se pelas suas propriedades térmicas e de corte. Exemplo prático: quando o médico necessita de retirar um tumor na língua de um doente para enviar para análise laboratorial, pode usar um laser cirúrgico para que a cirurgia seja mais limpa e com menos sangramento.

Já o laser de baixa potência, também conhecido por laser terapêutico, é aquele que apresenta sobretudo propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e de bioestimulação. Exemplo prático: quando um doente se apresenta na fisioterapia com dor intensa, podemos usar o laser terapêutico para melhorar a atividade inflamatória e aliviar a dor.
Ainda sobre as particularidades do laser terapêutico, este subdivide-se em laser vermelho – visível a olho nu, e laser infravermelho – não visível a olho nu. O laser de luz vermelha, apresenta o hélio-neon (He-Ne) como substância e um comprimento de onda de 632.8nm, sendo um dos seus objetivos promover a cicatrização. O laser infravermelho, também conhecido como laser de diodo, possui um comprimento de onda que varia entre os 780 e os 830nm. O seu principal objetivo é de reduzir a inflamação.
No âmbito da reabilitação de doentes portadores de dor orofacial e disfunção temporomandibular, o laser é um dos complementos com validade científica para melhoria da sintomatologia do doente, uma vez que auxilia na recuperação de processos inflamatórios em articulações e músculos, aliviando a dor e proporcionando uma melhor qualidade de vida. Para além disso, é também utilizado para modular hipersensibilidades, promover a regeneração do tecido em doentes pós-cirúrgicos e para a reabilitação da funcionalidade neural.
Os profissionais que usam tratamentos com laser, têm de estar habilitados, uma vez que as propriedades são muito específicas e existem algumas contra-indicações. Adicionalmente, a formação para uso do equipamento é indispensável, uma vez que existem medidas de segurança a serem implementadas para proteção e segurança do paciente e do profissional.